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Jorge Lorenzo defende Bagnaia: "A diferença com Márquez não é verdadeira. Mas só existe um Marc"

Jorge Lorenzo defende Bagnaia: "A diferença com Márquez não é verdadeira. Mas só existe um Marc"

Impressionantes 110 pontos de vantagem, 5-1 na contagem de vitórias após nove rodadas. Por enquanto, Marc Márquez vence com folga a comparação com Francesco Bagnaia dentro da equipe Lenovo Ducati. No entanto, segundo Jorge Lorenzo, os números não dizem toda a verdade. O espanhol, bicampeão nas 250cc e tricampeão da MotoGP, acredita nos problemas de sensibilidade relatados por Pecco. De fato, do ponto de vista do ex-campeão mundial, sem esse entendimento instável com a GP25, Bagnaia estaria potencialmente mais próximo do líder do Campeonato Mundial.

Lorenzo analisou a questão durante seu podcast “Dura la Vita”: "Estou do lado do Pecco, eu o defendo. Não acho que haja muita diferença entre ele e o Marc. Na minha opinião, a diferença é grande porque o Bagnaia não se sente confortável com a moto. É claro que o Márquez é melhor que o companheiro de equipe em muitos aspectos: fisicamente, na frenagem e no manejo dos pneus... Mas também concordo com a tese do Pecco porque pessoalmente experimentei algo semelhante em motos das quais não gostei". Jorge detalha: "Existem dois tipos de pilotos. Os muito sensíveis, como eu, o Pecco, o Biaggi, o Kocinski, que precisam de uma moto perfeita para obter o melhor desempenho. Depois, há pilotos como o Stoner, o Capirossi ou o Márquez, capazes de ser agressivos com qualquer veículo". Mas com mais sensibilidade, será que o Bagnaia conseguiria vencer o companheiro de equipe? Lorenzo admite: "Ele estaria mais perto do Marc. Mas quando você coloca o piloto mais forte na melhor moto..."

Jorge se identifica com a situação de Bagnaia porque, como ele mesmo admite, passou por dois momentos complicados bastante semelhantes. O primeiro com a Yamaha, logo após seu primeiro título de MotoGP: "Em 2011, encontrei muitas dificuldades durante a pré-temporada". Lorenzo vivenciou algo semelhante sete anos depois, desta vez como piloto da Ducati: "Nos testes do início de 2018, não me senti confortável com a nova moto e, até o último momento, a equipe e eu estávamos indecisos se ficaríamos com a versão de 2017. A primeira corrida no Catar foi um desastre. Então percebemos que, além do quadro, o tanque também havia mudado: estava mais redondo, mais estreito e mais baixo. Então, pedi para modificá-lo". Uma boa escolha, como demonstraram os três sucessos de Lorenzo naquela temporada.

O pentacampeão mundial encerrou a carreira em 2019 como companheiro de equipe de Márquez na Honda. Jorge tem uma lembrança particular dessa experiência negativa: "Tentei a configuração do Marc muitas vezes, mas não funcionou a longo prazo. Depois de dar 3, 4 ou 5 voltas, não consegui mais. No início, senti que estava indo rápido, sentindo a traseira muito baixa e a dianteira muito dura. Mas não era o meu estilo e, a longo prazo, os tempos simplesmente não funcionaram para mim". Lorenzo conclui: "Você não pode se transformar de repente em Marc Márquez".

La Gazzetta dello Sport

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